As ondas do café revelam os detalhes de uma longa jornada até chegar na mesa da sua casa. Essas 3 ondas também deixaram um grande marco no mercado mundial e influenciou tendências e mudanças culturais e comportamentais.
Neste artigo, vamos detalhar o conceito de Ondas do Café, introduzido em 2022 por Trish Rothgeb, e os impactos e diferenças de cada onda. Continue lendo este artigo e descubra mais sobre a bebida que vem ganhando cada vez mais espaço no coração dos brasileiros.
1ª Onda do Café
A primeira onda do café começou no final do século 19 e início do século 20. A sua principal característica é o aumento do consumo do café no mundo inteiro. Essa busca ganhou força pelo estímulo energético, melhoria na concentração e todas as sensações e benefícios que a bebida oferece.
Embora na época o café passasse por um processo de torra excessivo e fosse extremamente escuro e amargo, ainda assim as pessoas consumiam de maneira desenfreada, aumentando a produção e influenciando a economia da época.
Marcos da primeira onda:
- Aumento do consumo de café;
- Novas embalagens e maneiras de processar;
- Venda de café torrado e moído;
- Em 1900 os fundadores da Hills Bros. Coffe. desenvolveram a primeira embalagem a vácuo, o que permitiu a chegada do café em lugares mais distantes e garantindo o bom armazenamento do produto.
- Processo de liofilização, usado na produção do café solúvel.
2ª Onda do Café
A segunda onda surgiu entre as décadas de 60 e se estendeu até os anos 90, e ficou marcada com a baixa qualidade do café e com a reação dos consumidores. Os principais protagonistas dessa onda são empresas como Starbucks e Peet’s Coffee & Tea, que abriram as portas como pequenas cafeterias especializadas em café gourmet, até se tornarem referência na venda de cafés de qualidade e provocar mudanças significativas na venda e utilização do Cafe Arabica.
Percebemos que o café deixou de ser uma bebida energética e passou a ser apreciado e encarado como um serviço, ou seja, aqui nasceu a Cultura do Café, marcada pela experiência, pela popularização dos drinks e bebidas feitas com café, como latte e cappuccinos. Essa onda também abriu mercado para baristas, que são profissionais com conhecimento e expertise para preparar os melhores cafés.
Marcos da segunda onda:
- A cultura do café como experiência;
- Melhora da qualidade do café;
- Preferência pelo Café Arábica;
- Surgimento das primeiras cafeterias;
- Surgimento dos baristas.
3ª Onda do Café
A terceira onda estendeu as mudanças da segunda, adotando conceitos como ORIGEM ÚNICA, relacionados à origem e aquisição dos grãos de café. O que ajudou no processo de divulgação de informações específicas sobre a origem dos cafés, como o nome da propriedade, lotes e até mesmo quem produziu.
Outra mudança importante nesse processo, é a preocupação com o meio ambiente e a busca por um consumo consciente e responsável. O respeito com a origem dos cafés e os produtores, foi uma virada de chave, valorizando o trabalho de cada um. Nessa fase, o café passou a ser visto como um produto complexo e não mais commodity.
Nesta onda, quem ganha força é a conexão entre produtor e consumidor. Enquanto o produto ganha reconhecimento por seu trabalho árduo, o consumidor tem acesso a diferentes tipos de cafés, com perfis, sabores e aromas diferentes, com uma torra adequada e garantia de qualidade e procedência.
Marcos da terceira onda:
- Consumo mais consciente;
- Conexão entre produtor e consumidor;
- Valorização dos produtores;
- Acesso a um café com torra adequada e com procedência confiável.
Em que Onda estamos?
A quarta onda representa o café de alta qualidade se tornando cada vez mais acessível para o público em geral e menos focado na construção de um círculo de pessoas aficionadas por café. O resultado dessa mudança também influencia o crescimento de pequenos produtores locais e micro-torrefações que vendem cafés especiais.
Gostou desse artigo? Compartilhe com seus amigos apaixonados por café e com aqueles que ainda estão apegados ao café tradicional, para que saibam o que realmente estão consumindo em casa.
Publicar comentário